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Graduado em Filosofia, no ano de 2009. Portanto, um eterno estudante de filosofia, ingressei no curso de Licenciatura em Filosofia, em 2005, na Universidade do Estado do Rio Grande do do Norte, Mossoró. Dedicando estudo a área da filosofia Política, área esta onde defendi monografia tendo como tema "A educação como um instrumento de desalienação". Também sou poeta. E antes de tudo um admirador das artes, entre elas a retórica. Em 2009 ingressei na especialização em ética e política.

sábado, 11 de setembro de 2010

Mas Lampião, minha gente, nessa terra não entrou

Vinte e sete era o ano
Do século vinte então
Muitos dizem ser a data
Que ocorreu a invasão
O dia de santo Antonio
Quando chegou Lampião

Dizem que o temido
Cangaceiro perigoso
Deixou-se levar então
Por bandido ardiloso
O famoso Massilon
Que provocou o alvoroço

Lampião não conhecia
A cidade a invadir
E convencido foi
Para Mossoró seguir
Pois o Massilon no papo
Conseguiu persuadir

Ele falou que a cidade
Era rica o bastante
Tinha bancos e comércios
De um valor empolgante
Mas seu espaço geográfico
Sem tamanho alarmante

Inocente Lampião
Na sua conversa caiu
E sem saber o que o esperava
Pra Mossoró já partiu
Saindo de Pernambuco
Chegar aqui conseguiu

Lampião não interpretou
O que Massilon dizia
Viciado em roubar
Só os lucros ele queria
Não pensou que ia entrar
Na terra de Santa Luzia

Lampião quando entendeu
O que estava acontecendo
Os seus olhos no binóculo
Trinta minutos só vendo
Mossoró não era a mesma
Que Massilon foi descrevendo

Percebeu a enrascada
Que havia se metido
E bufando enfurecido
Por causa do ocorrido
Deu ordens que seguissem
O plano já discutido

Neste momento de raiva
O grande rei do sertão
Mandou Massilon entre outros
Pela Alberto Maranhão
Na tresloucada aventura
Nunca vista até então

Lampião enfurecido
Pois Massilon o enganou
Não entrou com o seu bando
Tudo agora planejou
E alem do limite urbano
Do cemitério fitou

Lampião acompanhou
Lá do São Sebastião
A cidade enfrentar
Bandidos com munição
Com força e valentia
Com sangue, com coração

Os cangaceiros tudinho
Cada um ia caindo
Lampião de camarote
Ao massacre assistindo
Vingou-se de Massilon
Viu seu bando se partindo

Mormaço e Bronzeado
Em Mossoró faleceu
Jararaca ao mesmo modo
Seu destino conheceu
Na violência desmedida
A sua morte ocorreu

Lampião do cemitério
Isso tudo enxergou
E de porte de uma mauser
Um disparo ele mandou
O chefe da ferrovia
Era o alvo que errou

Lampião era malvado
Mais burro num era não
Vendo o que já sucedia
Não buscou ocasião
Com os poucos que sobrava
Se mandou pelo sertão

Os caminhos se fechando
Sua vez ia chegá
Juntou sua guarda pessoal
E partiu sem demorá
Com o rabo entre as pernas
Foi parar no Ceará

Essa estória eu to contando
Que um professor me falou
O povo de Mossoró
Cangaceiros enfrentou
Mas Lampião, minha gente
Nessa terra não entrou

Fabio Alves Valentim, Professor de Filosofia, formado pela Universidade do Estado do Rio Grande do Norte – UERN e especializando em
Ética e Filosofia Política.

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