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Graduado em Filosofia, no ano de 2009. Portanto, um eterno estudante de filosofia, ingressei no curso de Licenciatura em Filosofia, em 2005, na Universidade do Estado do Rio Grande do do Norte, Mossoró. Dedicando estudo a área da filosofia Política, área esta onde defendi monografia tendo como tema "A educação como um instrumento de desalienação". Também sou poeta. E antes de tudo um admirador das artes, entre elas a retórica. Em 2009 ingressei na especialização em ética e política.

segunda-feira, 22 de junho de 2009

Mossoró é tão somente uma cidade junina?



Um caso a se pensar! Se há realmente validade em Mossoró ganhar o título ou então alcunha de cidade junina, como muitos preferem chamá-la. E em breves palavras mostraremos os motivos para esse momento de dúvida e reflexão. Vejam bem por que isso nos aflige. E vocês nos dirão se Mossoró é ou não uma cidade, genuinamente, junina.
É certo que fazemos um dos maiores arraiais do Brasil. A cidade fica lotada de turistas, tem um aquecimento na economia local, a polícia realmente funciona (pelo menos na área onde se concentram os eventos), mostra-se aparelhada; câmeras de segurança, detector de metal, viaturas, cavalaria, uma segurança atuante e ostensiva. E assim é alardeado além fronteiras o desenvolvimento da cidade de Mossoró. Isso sem dúvidas é bom para o fortalecimento das potencialidades da urbe amada por todos nós. “A Mossoró da gente”. E assim fica mais fácil dizer “eu adoro Mossoró”.
É muito bom andar pela cidade e perceber que ela está tendo sua malha viária recapiada. Perceber a cidade toda enfeitada, os arraiais nas praças espalhando alegria por toda a cidade. Isso dá orgulho em ser mossoroense. Compreender que nosso povo revive nossas tradições. É muita coisa bonita: Festival de quadrilhas, show de humor, Festival de repentes, que nos faz valorizar essa arte porque durante a maioria do tempo é desvalorizada ou até colocada como uma manifestação de ausência intelectual. Pode acreditar que há quem pense isso da poesia de repente, não sabem que o repente e a literatura de cordel são formas de comunicação das mais antigas e serviam, justamente, para divulgar os acontecidos para a comunidade.
Realmente Mossoró é uma cidade junina, é neste mês de junho que podemos apreciar a diversidade artística, o lazer e o entretenimento manifestando-se de uma forma grandiosa, entre essas a corrida de jegue, o espetáculo Chuva de bala no país de Mossoró, festival de penteado junino, cinema na roça... ah! Saudades! Sim, Saudades. É em junho que podemos ter acesso, quase todos os dias, à sétima arte. O cinema na roça devolve-nos um pouco a alegria de irmos ao cinema. Pena que lá não tem os filmes que são lançados a cada mês no mercado. Somente aqueles que ficaram na história.
Tem muito mais. Cantos para todos os gostos (cantos aqui vale tanto para músicas quanto para lugares, “pelos cantos da cidade... ia chorando seus amores”), a cidadela que toca entre outros a MPB , o circo do forró com o tradicional pé de serra ou a estação com shows de cantores locais e outros de expressão nacional. É assim mesmo como dizemos, cantos para todos os gostos e “cada um no seu quadrado”. Ao que parece essa divisão é de caso pensado, quem passou por eles vai-nos entender. E viva a diversidade! Por falar nisso, tem também o pau de arara elétrico.
Para quem está cansado e não quer sair a pé por aí visitando esses lugares tem o burro táxi, ou o trenzinho da alegria, mas também se o sujeito for tinhoso, um verdadeiro cabra da peste vai a pé seguindo o comboio junino, e não se preocupe se der uma tonteira, você está numa cidade junina, e nesse mês tudo funciona até o SAMU.
Parece à primeira vista que estamos desdenhando de todos os esforços em fazer do evento denominado Mossoró Cidade Junina um dos maiores eventos do seguimento em todo o país. Isso não é verdade. Mossoró realmente merece um evento desse porte, é alegria para a população tão carente de entretenimento, mesmo porque nossas praças a cada dia são mais frequentadas pelos meliantes do que pelo cidadão de bem, pelas famílias, ou pelos casais enamorados, esses ficam encarcerados em seus lares receosos de enfrentar a violência que assola o município.
Mossoró só tem a ganhar com esses investimentos na cultura que refletem de forma positiva em nossa economia, principalmente, a economia informal, que dela depende a sobrevivência de muitas famílias, marginalizadas pela falta de oportunidades no mercado de trabalho formal.
Não senhores. Não somos contra o crescimento da nossa cidade, não somos contra a publicidade que fazem da nossa urbe amada, mesmo que ela venha através de humoristas pagos para aqui fazer chacota dos nossos conterrâneos. Essa alegria é marca registrada do brasileiro, nós rimos de nossas desgraças e isso é salutar, deixa a vida mais alegre. O que somos contra, caros amigos, e tememos que seja uma regra, é que passe a ocorrer investimentos apenas em decorrência de eventos como o Auto da liberdade ou Mossoró cidade junina.
Não queremos Mossoró conhecida apenas como a cidade dos grandes eventos. Queremos sim, que ela seja conhecida além fronteiras como uma cidade que valoriza tanto o passado quanto o presente, e o futuro do seu povo contanto que daqui em diante seja a cidade das grandes oportunidades, para que o povo tenha acesso ao mercado de trabalho e aos bancos universitários, ao teatro, ao cinema, aos esportes, durante todo o ano, a fim de que o cidade junina não seja um termo pejorativo para além Mossoró, visto que os serviços públicos de lazer, de segurança funcionam muito bem no mês de junho ou quando houver grandes eventos.
Desejamos esses mesmos cuidados e zelos em nossos bairros!

quarta-feira, 17 de junho de 2009

STF decide que diploma de jornalismo não é obrigatório para o exercício da profissão

"Para o relator, danos a terceiros não são inerentes à profissão de jornalista e não poderiam ser evitados com um diploma. Mendes acrescentou que as notícias inverídicas são grave desvio da conduta e problemas éticos que não encontram solução na formação em curso superior do profissional. Mendes lembrou que o decreto-lei 972/69, que regulamenta a profissão, foi instituído no regime militar e tinha clara finalidade de afastar do jornalismo intelectuais contrários ao regime. Sobre a situação dos atuais cursos superiores, o relator afirmou que a não obrigatoriedade do diploma não significa automaticamente o fechamento dos cursos. Segundo Mendes, a formação em jornalismo é importante para o preparo técnico dos profissionais e deve continuar nos moldes de cursos como o de culinária, moda ou costura, nos quais o diploma não é requisito básico para o exercício da profissão." Uol Noticias

Coloquei essa informação no blog pois achei interessante e gostaria de compartilhar. Eu concordo com os ministros por entender como o direito a livre expressão uma garantia constitucional e, portanto, direito de todo brasileiro!

quinta-feira, 11 de junho de 2009

A poesia dentro do processo de ensino-aprendizagem

Quando pensamos no ensinar filosofia, às vezes nos prendemos tão somente ao conteúdo que iremos ministrar. Mas antes de chegarmos ao ensinar filosofia devemos passar por um estágio que pensamos ser primordial. É preciso, antes de tudo aprendermos como deveremos ensinar filosofia.
Isso também, levando-se em conta, as características individuais, daqueles que serão o alvo deste ensino. Entendemos o ensinar como um processo de mão dupla.Ensinar significa, antes de tudo uma possibilidade de aprender. Faz-se necessário àqueles que almejam a árdua missão de ensinar uma grande disposição para um aprender contínuo. Buscar novas formas de passar o conteúdo sem se prender demasiadamente nos modelos de ensino vigentes.
Não sabemos até que ponto este ensino onde o professor fala e o aluno apenas escuta seja proveitoso. É de grande importância, encontrar maneiras alternativas para que o ensinar e o aprender sejam um processo mais dinâmico e participativo. Ensinar é mais difícil do que aprender porque ensinar quer dizer fazer aprender.
Ensinar deve ser entendido como fazer pensar, e não como é geralmente visto, apenas a perpetuação de um determinado conhecimento. Não consideramos válido que a filosofia ocupe espaços dentro e fora das escolas, importa, fundamentalmente, compreender o que ela faz nesses espaços, o tipo de filosofia que se pratica (e ensina), sua relação com outras áreas do saber, com a instituição escolar e as outras instituições da vida econômico-social e política do país.
Convém, especificamente, considerar a relação que professores e alunos envolvidos com a filosofia estabelecem entre si e com ela. Importa, antes de tudo, o tipo de pensamento que se afirma e se promove sob o nome de filosofia.A utilização das aulas da disciplina Filosofia para tratar de temas como amor, liberdade, felicidade, entre outros. Não é de todo mau. De certo esses são temas filosóficos já que dizem respeito ao homem e a sua relação consigo mesmo e com o outro dentro da sociedade.
O que não podemos permitir que venha a ocorrer é a banalização da filosofia provocada por uma má utilização de instrumentos metodológicos que a priori poderiam ser considerados indispensáveis mais sendo usados de maneira equivocada tornam-se uma faca de dois gumes.
A utilização de instrumentos que tornem essa transmissão de conhecimento mais eficaz é sempre bem vinda; um filme, uma encenação teatral, ou mesmo uma letra de música usados com responsabilidade e de forma objetiva alcançam resultados expressivos dentro do processo de ensino-aprendizagem.
É pensando nisso que elaboramos esse trabalho de pesquisa sobre a importância da poesia dentro da escola como um importante instrumento facilitador do processo ensino aprendizagem.
A poesia não consiste apenas num estilo literário, ou mesmo em uma forma que as pessoas utilizam para dar mais gracejo e beleza ao texto. É sim, um importante instrumento de fortalecimento da identidade sócio-cultural de um povo. Importante no sentido que por ser um texto de fácil leitura, é uma porta de acesso em direção ao processo de transmissão de conhecimento.
No período medieval era através da poesia que se transmitiam as notícias referentes aos fatos cotidianos. Os jornais da época utilizavam da poesia para a transmissão dessas notícias. O que fazia com que as notícias se espalhassem mais ligeiro abrangendo um grande número de pessoas. Esses textos poéticos eram escritos em formas de livretos e pendurados em cordões para facilitar o momento da comercialização, daí surgiu o nome cordel. E foi nesse sentido que a literatura de cordel chegou ao Brasil através dos espanhóis e portugueses.
Ao contrário do que muitas pessoas pensam; a poesia não fala somente de sonhos fantasiosos, de mentiras, de romances e causos inventados pelo imaginário popular. A poesia serve também para contestar o que entendemos está errado e lutarmos por melhorias. Foi à produção poética de Bertolt Brecht que o conduziu a sua bem estruturada elaboração de um teatro construtivista, que levava o povo a pensar e se fortalecer moralmente para lutar por melhoras em sua vida. A poesia não é somente a voz enamorada que surgi do coração do poeta, ela também consiste na voz racional e reflexiva que saí de sua mente.
O poeta disse: “Livros não mudam o mundo, pessoas que mudam o mundo, os livros apenas mudam as pessoa.” A voz que nesse momento saiu do poeta será que em algum momento transmite um suspiro romântico, ou na verdade ela transfere um pensar reflexivo?
A ação transformadora que existe no texto poético é resultante desse pensar reflexivo. Foi através da poesia que Castro Alves libertou a sua “Vozes d áfrica” e conduziu milhares de almas africanas e afro-descendentes sofridos com o “Navio negreiro” rumo à liberdade. Liberdade está conseguida de forma parcial com a abolição da escravatura.
Foi através da poesia que João Cabral de Melo Neto, levou a sociedade brasileira a refletir sobre a vida sofrida do homem retirante, homens nordestinos que cansados de sofrer com as perdas provocadas por intensos períodos de seca migravam para outras regiões em busca de melhorias pra sua vida e sua família. Morte e Vida Severina, sua obra mais citada, é um verdadeiro roteiro sobre a peregrinação desse homem do campo que apesar de todos os pesares mantém viva a chama da esperança de um dia as coisas melhorarem. È essa chama acessa que faz com que o Homem esteja sempre lutando em busca de seus objetivos.
A poesia é uma dessas ferramentas usada pelo Homem em seu processo de construção de sua história, de sua identidade sócio-cultural. Foi através da poesia contida em suas músicas que um movimento musical brasileiro conhecido como tropicália levou uma geração inteira a refletir e soltar o grito que sufocava preso na garganta devido a um regime político militar autoritário e repressivo. “Apesar de você amanha há de ser outro, ainda pago pra vê o jardim florescer, qual você não queria...” através de suas canções de beleza poética incontestáveis transmitiam sua mensagem repleta de protesto e indignação frente à situação crítica que o país atravessava.
Até esse momento falei sobre o importante papel da poesia na construção histórica do Homem, mas não podemos falar dessa construção de uma história da humanidade, de seu desenvolvimento político e sócio-econômico sem nos retratarmos ao processo educacional. È através da educação que se dar esse desenvolvimento, não uma educação bancária como aquela criticada por Paulo Freire onde apenas o aluno ficava sentado no banco e recebia as informações vinda do professor num processo de transmissão e perpetuação de um conhecimento dado nos livros.
È a partir de um pensamento crítico reflexivo que o homem começa a pesar suas decisões e se decidi para a tomada dos próximos passos que o levam a ir adiante e conquistar o progresso. Eu penso como necessário á reflexão que a poesia nos trás em sua linguagem refinada e ao mesmo tempo simples uma contribuição importante e instrumento facilitador do processo reflexivo exigido dentro desse processo de construção de conhecimento. O homem esta em todo momento buscando formas para fazer-se entender, ele abre mão de uma linguagem mais racional em favor dessa linguagem mais emotiva. E ele faz isso de forma quase instintiva.
Podemos sim, refletir sobre a origem da vida, a liberdade, o belo e o feio, o poder, a sociedade e o Estado através da observação de uma obra de arte, de uma escultura de Benine, de um quadro de Van Gogh ou da Vinci, de uma poesia de Antônio Francisco, Camões ou Patativa do Assaré. A poesia rompe barreiras, entra com facilidade onde seria mais complicado o acesso de uma linguagem rebuscada e pedante de um sistema filosófico ou mesmo de uma teoria pedagógica como o Ambientalismo de Skinner.
A poesia que tanto contribuiu e até hoje contribui para a formação política e social da humanidade não pode ser deixada de fora desse processo de construção de uma educação formal. A poesia pode ser usada na aula de história pra falar dos movimentos importantes da construção da identidade nacional, pode ser usada dentro de uma aula de geografia de matemática pu mesmo dentro de uma aula de filosofia.
É impossível a leitura de Augusto do Anjos, o poeta de uma única obra “Eu”, sem perceber nele um tratado estético filosófico acerca do feio e do belo, a poesia de Augusto dos Anjos está repleta de filosofia. Ela nos leva a um pensar reflexivo e a tomarmos posicionamento diante das intempéries causadas pelo acaso ou mesmo destino, já que há os que crêem no determinismo.
Como estudante de um curso de licenciatura e futuro educador que busco mostra essas possibilidades de utilização da poesia dentro do espaço escolar na construção de um pensar reflexivo e de um desenvolvimento sócio-cultural fortalecido. A busca de respostas que é uma necessidade do ser humano poderá vim tanto através da poesia como de demais formas de manifestação artísticas que despertam o interesse do homem á linguagem simbólica. Tanto o ensino de filosofia que será meu campo de atuação como outros ramos do conhecimento terão a ganhar com essa possibilidade de uso das artes em gerais e da poesia de forma especial dentro desse processo de ensino-aprendizagem.

Fabio Alves Valentim, 09 de janeiro de 2009.

Minha poesia

Sobre a minha poesia
Muito eu não sei dizer
Eu só quero escrever
O que a mente anuncia

E o que vem do coração
Eu escrevo a relia
Contraponto da razão
Vou fazendo poesia

Refazendo a verdade
Transformando em fantasia
Vou tecendo no papel
Com certa demagogia

Se alguém possa dizer
Que de certo não seria
Isso tudo que escrevo
Uma certa poesia

Isso eu não vou saber
Se ao certo tens razão
Eu só busco entender
Que me diz o coração!

Fábio Alves Valentim, 06/07/05

Esse sou eu

As vezes um cara sorridente que gosta de fazer amigos, conversar, as vezes um cara que por ser calado acaba passando por arrogante, antipático, as vezes feliz as vezes triste, as vezes, as vezes... mas sempre um cara sincero, pacional, meu coração é o meu guia... sou isso e mais um pouco, e além disso curioso... e confio que os obstáculos, por mais difíceis que sejam poderão ser vencidos com perseverança e paciência. E agora feliz! Estou escrevendo no espaço Vidraça de Sofia , quem quisser dar uma passada e será bem vindo!

quarta-feira, 10 de junho de 2009

Começando por onde?

Olá pessoal, meu nome é Fabio Valentim, sou graduado em filosofia e a partir de hoje vou está aqui neste blog falando o que penso e propondo discussões filosoficas. Principalmente na area de ética e filosofia política onde estou me especializando e pretendo fazer um mestrado. Vai ser um prazer poder compartilhar minhas duvidas aqui e espero que tenha alguém pra lê o que vou escrever! Já é madrugada e acabei de completar 29 anos e um dia! Estou com sono e vou dormir! Até logo!